E François percorre a sala, como seus pensamentos, pensando em como explicar isso para mim. Não que ele não houvesse entendido bem a pergunta, naquele francês fajuto meu. Ele percorria a sala e o cérebro para dar uma definição abstrata, parce que, non, n´est pas la même chose.
E François explicou, explicou, e eu não entendi não. E ele sentou com um Larousse ao meu lado, com seu cheiro de cigarro, e me mostrou que hazard é acaso, e destin é destino. E que destino é traçado, acreditam alguns, disse ele, e que hazard é aleatório.
E depois eu lembrei que hazardous é uma palavra que significa algum risco de perigo, em inglês. E todo esse jogo de palavras me fez pensar, pensar.
François me explicou da melhor maneira. Mas eu preciso é viver o acaso, o perigo, e olhar para trás e dizer se foi destino. E aí vejo se me encaixo nos que acham que le destin est guidé par le hazard ou se acredito nas inscrições de certezas estáticas que a mim não me pertencem (e se não a mim, a quem pertencem, me pergunto?).
Mas o que importa mesmo é vivê-lo - o destino com seus acasos.
Fatidicamente,
Nina.
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