
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Problematização Metafísica e Sofrimento relativista
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
#iamthankfulfor
Esse ano em meu aniversário, não fiz pedidos, mas agradeci. E apaguei a vela. Um ano inteiro em branco de pedidos por aí, pela frente. Vou fazê-los, mas vou agradecê-los quando vierem. E não apenas a Deus, que me atende no que ninguém mais pode atender. Irei agradecer aos amigos e à minha família, porque provavelmente através deles é que irei ter minhas graças alcançadas.
À mamãe e à Luísa pelo amor caseiro
A Aline, pelo carinho de sempre, pelo dia a dia
A Lucas, pelas músicas, pelas caronas, pelos abraços
A Yuri, pelo companheirismo, pela alegria de carona, pelos sorrisos anestesiados ao ver companhia de dente arrancados
A Talita, pela nutella (que não foi utilizada corretamente, ok? Comi pura!) e pelas risadas
A Thaís, pelos ouvidos e conselhos, pelas noites de sábado
A Virginie, pelas novas gírias introduzidas em meu vocabulário e por Paco (e a Paco, por sua beleza)
A Ruan, pela sabedoria e pelo amor
Ao pessoal de Cardi, porque houve momentos bacanas ali
A professores, que me fizeram aprender com prazer (lista restrita, eh? Eh?)
Obrigada pela companhia. É preciso agradecer, eu agradeço a Deus por vocês e por vê-Lo no cotidiano através do amor dedicado.
Nina.
domingo, 22 de novembro de 2009
-Nossa, é mesmo? Não me diga!

Rasgando o envelope da correspondência, lembro do que pensava ao ver a premiação dos concursos de beleza. Pobre garota rica, Triste garota alegre é a Miss Simpatia. Ela não tá ali pra ser agradável ou sorridente. Não no íntimo. Lá ela quer ser a mais bonita do país, aparecer nas capas de revista, ostentar a coroa, desfilar vestidos.
O foda é que ela nem ganhou o primeiro lugar, nem o último. Aliás, que lugar ela ocupa mesmo? Quem é você na night, querida?Por acaso alguém já viu uma miss simpatia posando pra Vogue?
Percebam o dilema. Você não tem a menor aptidão à função que almeja. É a modelo que anda caindo do salto, tem as pernas tortas e o olho caído. Mas é a Miss Simpatia.
-Ah querida, que simpática que você é! Que sorriso, que graça!
E aquela criatura lá, travando uma luta filha da mãe com seu eu-nada-lírico, tentando se adequar ao papel.
É muito pensamento e pouca paciência pra metaforizar. Nessas horas vai só o pensamento solto que, acredito, fale por si só:
Provavelmente não há nada que me incomode mais que prêmio de consolação.
[Tali sobre tentativas falhas de ME agradar]
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Certidão: Poeminha à Certeza Total
Que estava errado ontem,
E você certo.
Mas você não estava certo
De que eu estava errado.
Eu, desde o início,
Admiti a hipótese
De você estar certo.
Politicamente eu agia errado.
Mas estava aberto no meu erro.
Você, fechado, em defesa,
Amedrontado na sua certeza.
Errado espiritualmente
Eu estava certo,
E você, certo,
Se apoiava
Numa atitude humana viciada.
Tranqüilo, aqui estou eu, errado.
Certo, afirmado,
Certamente você está muito magoado.
Millor Fernandes
Rachel Queiroz.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Bate o sino pequenino...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Visto a roupa e vou embora...

E eu lembrava. Aquele homem lindo, bêbado, caindo. Trouxe ele em casa, ele tropeçou, tropeçou, ficou inconsciente, eu dei um banho nele, já preparando para o dia seguinte. Botei ele na cama e nem precisei ninar. Para no dia seguinte, ele estar inteiro.
As panelas já estavam fervendo, um almoço leve e cheiroso. O cheiro inundava a casa, acho que iria chegar ao nariz dele, sono leve. Ia pensar que estava na casa de uma mulher velha, boa cozinheira. Boa cozinheira, não tão velha. E ele não estava na casa, bem, bem, estava na cama.
E ele acordou. E perguntou quem eu era, eu contei a história, disse que já que havia passado a noite e não tinha comido nada, podia ficar para o almoço, já que eu havia cozinhado para dois. E ele concordou. E eu lhe ofereci uma escova de dentes e pasta. E outra cueca, para outro banho. Fui cozinhar as verduras, o peixe e as batatas. Trouxe à mesa, em dois pratos, o dele maior, o meu, menor. Ele comeu bastante, estava com fome. Perguntou se tinha mais, depois retirou a pergunta, meio tímido, eu disse que tinha bolo de chocolate para a sobremesa, um tantinho, se ele quisesse.
E ele quis. E depois disse que ia embora, mas se ofereceu para lavar os pratos, porque não sabia como retribuir tanta gentileza, obrigado por me socorrer, um bêbado, imagine o trabalho. E eu pensando “imagine o trabalho para retribuir?”
Mas eu disse a ele que daquele jeito não podia sair às ruas, que as roupas dele estavam molhadas, porque ele entrou com elas no chuveiro, então, seria bom que ele ficasse até de noite, porque ai elas secariam e ele poderia ir decente à rua. E ele concordou. E ficamos no sofá, como estranhos, vendo séries, comentários jocosos, até que ele me perguntou se eu aceitaria um cafuné de retribuição. E eu disse que claro. E dali para beijos e carinhos um passo.
Ninei ele antes de ele ir pra minha cozinha e fazer-me um jantar de ovo+queijo+cebola, não digo omelete porque não era bem isso. Era amorfo. Mas deu energia pra continuar a noite, e acordar de manhã, com cheiro de mais omelete amorfa, que é o que sustenta o amor tupperware. Não se engane. É o mais forte, para um fim de semana de bebedeira e gratidão.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Fatum
E François percorre a sala, como seus pensamentos, pensando em como explicar isso para mim. Não que ele não houvesse entendido bem a pergunta, naquele francês fajuto meu. Ele percorria a sala e o cérebro para dar uma definição abstrata, parce que, non, n´est pas la même chose.
E François explicou, explicou, e eu não entendi não. E ele sentou com um Larousse ao meu lado, com seu cheiro de cigarro, e me mostrou que hazard é acaso, e destin é destino. E que destino é traçado, acreditam alguns, disse ele, e que hazard é aleatório.
E depois eu lembrei que hazardous é uma palavra que significa algum risco de perigo, em inglês. E todo esse jogo de palavras me fez pensar, pensar.
François me explicou da melhor maneira. Mas eu preciso é viver o acaso, o perigo, e olhar para trás e dizer se foi destino. E aí vejo se me encaixo nos que acham que le destin est guidé par le hazard ou se acredito nas inscrições de certezas estáticas que a mim não me pertencem (e se não a mim, a quem pertencem, me pergunto?).
Mas o que importa mesmo é vivê-lo - o destino com seus acasos.
Fatidicamente,
Nina.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
âncora prum antônio
yuri
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Cláudios, Ninas, Alines.
E com essa fala de Cláudio Lira, saí daquela aula outra Nina, certa que em outras Ninas, assim como Cláudio, eu iria me transformar.
Nina, em reflexão a um dos tópicos de Aline.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Wyrd Valentine

(Though all messed up) pointing to the cards
“Are you ok?” “I am fine, I am fine.”
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Des-existir
Às vezes nós temos, sim, que abrir mão de certas coisas. Mas apenas quando elas são inatingíveis ou nos são negadas. Quando não existe outro caminho a não ser esquecer.
Porém, enquanto existirem chances, por que desistir? Melhor estabelecer longos prazos. Não ser um semeador, mas um ladrilhador. Pensar por etapas.
Paciência, paciência.
aline, em resposta. http://aarvoreazul.blogspot.com/2009/09/significa-o-que.html
terça-feira, 15 de setembro de 2009
O primeiro sonho
Minha relação com os meus sonhos é bem interessante. Quando estou confusa em relação a alguma coisa, eles costumam me apontar um caminho.
Dessa vez não foi diferente.
O que mudou? Agora eu estou mais segura do que quero, sei exatamente o que sinto. Fora isso, a minha única certeza é de que outros sonhos como este virão.
aline
domingo, 13 de setembro de 2009
Nem tudo está perdido
aline, sobre uma paixão
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
E de repente, pai.
Lucas.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
No meio termo
Existem coisas que podem acontecer com muita facilidade. É como cair após se jogar de um precipício, enquanto evitá-las exige o esforço de uma escalada. Estar no meio da montanha, lutando para não cair, é o meio termo que eu sempre detestei. E é onde me encontro, brigando contra a minha própria impulsividade, que me faz ter vontade de abrir os braços e ignorar o que pode acontecer quando eu chegar lá embaixo.
aline
terça-feira, 18 de agosto de 2009
sábado, 15 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Túnel
E acabou a energia.
Logo agora, em que ele iria ver todo o túnel iluminado, pelo qual ele esperava.
Várias luzes brancas, formando arcos que indicariam o caminho para ele, claro, leve e contrastante naquela noite.
Mas acabou a energia e o menino ficou ali, sem saber o porquê de estar naquele lugar.
A queda foi seguida de “oh!” espantado. Não do menino, mas dos adultos que não estavam ali pela luz, mas pelos filhos.
A escuridão durou 30 s.
Então o túnel reacendeu-se. Com luzes coloridas.
E o menino suspirou seu “oh!”, com um sorriso colorido pelas luzes do túnel novo.
E foi nele que andou, virando a cabeça para olhar não o conjunto de luzes brancas que inundaria o preto da noite, mas as nuances e desenhos de cores que havia naquele túnel de luz.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
yuri
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Solfejo indelével
Mi mi fá sol sol fá mi mi dó dó dó ré mi mi
Ré
Réé
Mi mi fá sol sol fá mi mi dó dó ré mi ré dóó
Dóó
Ré ré mi
Dó
-
Ré
-
Fá
-
Mi
-
Dó
-
Ré
-
Fá
-
Mi
-
Dó
-
Réé
...
Sol sol mi
Mi fá sol sol fá mi mi dó dó ré mi ré
Dó
Dóó
Nina, feliz com a música.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Sempre existe uma opção?
aline, durante o trabalho
domingo, 19 de julho de 2009
Souvenir de dia a dia
Amanhã é o dia do amigo. Eu sou nômade, e não me apego. Aliás, apego. Temporariamente. Mas desapego quando preciso. Mas as coisas eternas são fortes, e o que fica de verdade, fica. Amanhã é o dia do amigo e eu tenho muitos deixados pelo mundo. A amizade não é a mesma, o contato, tampouco. O cotidiano mudou, as pessoas mudaram, pensamentos, modas, cidades, gostos.
Mudou tudo.
Mas o momento congelado e bom ficou. E ele poderia ser retomado com muitos que ficaram pelos meus caminhos. Com novas óticas, novas coisas. Eles provavelmente não serão retomados, porém. Agradeço os antigos, sua contribuição para a minha vida. Lembro-me deles com carinho, de nossos momentos. Gostaria de ter escrito em outros 20 de junho e dizer a eles nesse dia quanto os amava. Mas eu devo ter dito, em outros dias de junho, de agosto, de abril. No natal, nos aniversários. Em dias de semana, de aula, de chatice. Fico feliz por não ter deixado de amá-los, e de dizer, e de demonstrar. O momento passado e vivido foi o importante.
Então, vivendo o hoje, eu agradeço pelos amigos cercanos, os amigos cotidianos. Os meus amigos atuais. Pelo que eles me dão e pelo que me deixam dar. Digo, porém, que não deveria haver data de amizade. De redenção, de reviravolta para ela. "Natal da amizade". Não. A amizade tem que ser conquistada a cada dia, vivida, relembrada, curtida, elaborada. Amizade não tem data comemorativa no varejo, não tem presentão. Ela é feita de presentinhos e lembrancinhas. De souvenirs, que em francês são lembranças e em português, lembrancinhas. É nesses souvenirs que a amizade se constrói.
Esse texto é um souvenir para agradecer a amizade de quem sabe e lerá. Obrigada por estar na minha memória, mesmo que as coisas mudem, vocês ficam. Porque souvenir a gente guarda com carinho, que são lembranças de lugares e tempos felizes. E vocês são tempos felizes.
Nina.
sábado, 18 de julho de 2009
Família rede Globo
Esse ano quero uma coisa muito especial, que estou pedindo porque não consegui fazer sozinho. Eu queria que o senhor me transformasse em uma televisão. Aham, uma televisão. Assim eu poderia ter tudo que eu quero. Teria a atenção do meu pai, que chega cansado do trabalho e não pode fazer mais nada sem ser ver o noticiário. Eu ia ter o carinho da minha mãe, que chora quando morre o homem da novela, mas não tá nem aí quando eu levo uma queda e choro por horas. Eu ia ser o motivo de vida de dona Marcia, que faz comida aqui em casa e passa horas assistindo os cozinheiros que ensinam o que tem que fazer. Até meu irmão ia lembrar de mim, Papai Noel, porque ele adora ficar assistindo filmes até de madrugada. Então, esse ano, eu não quero mais o carrinho do ano passado, nem aquela bola muito legal que o senhor me deu, eu queria mesmo... era ser uma televisão."
Lucas, lembrando como a vida o ensinou a dar valor às coisas que realmente importam.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
abstinência alcoolica
Tali: não bebe, não fuma e não dança.
sábado, 11 de julho de 2009
Nesses tempos nossos
O pobre é o novo rico
O carro, o novo trem
E o caro é o novo barato.
O quê, o novo quem
O robô, o novo cão
A fumaça, o novo ar
O verde é o novo preto
A piscina, o novo mar
O computador, novo irmão
O rápido, novo devagar
O feio é o novo bonito.
Nina, fazendo poesias com aforismos diários do G5.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
nem tudo que dói é espinho

yuri, em co-autoria com nina. dedicado a mim.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Eram todas as vezes...
Tali, voltando à ativa.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Deu um amanhecer violento, e não mais podia dar.
Doeu?
Lucas, numa conversa de seu eu-escritor com seu eu-leitor.
Azul
É verdade que a tranqüilidade me incomoda, me sentir “ok” me incomoda. Sem grandes tristezas nem grandes felicidades. Você devia viver em uma montanha russa, me disseram.
Não acho que gosto de tristeza...
Eu acho que não gosto de tristeza.
Mas gosto menos ainda de não sentir algo intenso. Estar morna. Talvez por isso eu seja tão dramática. Exagerada, já me disseram.
Me dizem muitas verdades.
aline, devaneando
terça-feira, 30 de junho de 2009
da maior importância
- não. de novo não.
- de novo não o quê?
- esse seu jeito sonso de virar o jogo e fazer a vítima.
- qual o quê? o problema em você.
- que seja, que seja, que seja...
- você me comprou escorpião. devia saber.
- te esperava intensa. não astuta.
- que seja, que seja, que seja...
- só porque netuno e mercúrio estavam em conflito e não pude, então, arriscar uma intuição.
- qual nada. o problema em você. e tenho dito. teu jupíter se opondo a saturno lhe endurece o juízo.
- me dá siso.
- perde teus risos. dissolve o que germina em alegria.
- ...
- sumiu outra estrela. sentiu?
- não. de novo não.
- de novo não o quê? o problema em você?
- oxalá na próxima encarnação teu peixes evite uma casa 6. vá pro inferno com sua crítica!
- sou bicho imprestável, podre desde a raiz. todo lugar me concede controle. iniciaste perdendo.
- viu meus cigarros?
- hein?
- VIU MEUS CIGARROS?
- pra quê esse áries gritando?
- tá sabendo que eu cansei? vou pular fora.
- SAGITÁRIO-GEMÊOS! vai te foder com esse impulso impensado!
- que seja, que seja, que seja... quer um? é mentolado.
- me venha sem saber/se sou fogo/ou se sou água
- pro inferno com angela rô rô! vai ou não, querer os cigarros?
- não, de novo não. de novo não o quê?
- o problema em você. assim é que amo.
- como?
- nem me apresso em explicar-me.
- que seja, que seja, que seja... seja.
yuri
A triste história da menina que se chamava Tréia.
O que importa é que o nome da menina era Tréia. Quando tinha 5 anos, ela ganhou seu primeiro apelido: diarréia. Todos riam da pobrezinha. Já não bastava o nome, ela ainda usava trancinhas e um vestido quadriculado todo dia, mesmo quando não era São João. Isso também virou motivo de chacota, principalmente no dia de réveillon. Ela era o único ponto quadriculado no meio de tantos brancos na câmera panorâmica da Tv Globo. Até Pedro Bial tirava onda da menininha.
Quando fez seus 15 anos de idade (e 10 de vítima de chacota) fugiu de casa e montou uma barraca de cachorro-quente que fez muito sucesso; tanto que virou uma rede de Fast Food. Aí ela, inteligentemente, batizou o lugar de Tréia’s Burgue. Depois disso, faliu em uma semana.
Ela notou que todo o azar e todo o agouro que a perseguia era por causa daquele maldito nome. Não importava o que ela fizesse, o nome ia de encontro a ela. Então ela resolveu que ia mudar. Sabia que o mundo girava e que o mundo é uma bola. Pintou o cabelo, se valorizou, foi pra academia, malhou, malhou e mudou o seu nome no cartório para Zefa. Desde então, Zefa nunca mais foi Tréia. E nada melhor pra eu estrear um blog, do que contando a estória da “Ex-tréia”. Uma feliz ex-tréia pra você também :D.
Lucas/Chu.
Laço.
A menina não cresceu. Se negou a viver o mundo adulto. Continuou doce como um punhado de balas, embora, às vezes, fosse azedinha como uma torta de limão. Ainda hoje, todos que a veem comentam sua graciosidade e não entendem como, apesar de tudo, ela não mudou. E nem deve mudar.
Tali, metaforizando uma amizade.
Computador almofadinha
Digo eu que levar todo o aparato seja melhor por ter fotos, música, jogos e filmes por perto. Outro aparelho que armazene tais informações também serve. E o melhor de tudo são esses sites onde você pode por a vida em bites e acessá-la de todo lugar.
O MSN também é uma coisa mágica. Uma caixinha intinerante – um em cada lan house ou computador alheio – onde dá para encontrar os amigos para um papo bacana, regado a ciaos-ciaos de webcam. Ter os amigos onde quer que se esteja é algo maravilhoso. Não se está mais só, completamente, com essa tecnologia.
Ou seja, hoje não é mais preciso ter um pedacinho singelo do cheirinho de sua casa, para se sentir mais no seu lar. É possível ter a rua na sua casa, ou sua casa em outro lugar do mundo. Fazer do lar qualquer lugar, com esses maravilhosos gadgets, que tornam o mundo mais igual em seu particular onde quer que se esteja.
Experiência Estética
Dentro da caixa estão duas cartas, um livro, um par de chinelos, uma foto, um lenço e uma rosa. A rosa vermelha mais linda que eu já vi. Parecia de mentira quando a ganhei da pessoa que despertou em mim a paixão mais intensa que já senti em toda a minha vida permeada por paixões sempre muito intensas. Paixões sempre tristes.
Após os dois meses de extrema felicidade, dois meses de desespero. Sofrimento desconhecido por mim até então. Até que, enfim, tudo passou, todos os sentimentos. Não restou absolutamente nada daquele período que me pareceu constituído por anos além da caixa azul e o que conservei guardado nela. Uma pena.
A rosa secou, mas permaneceu inteira durante todo esse tempo. Secou como a nossa relação, que não poderia mesmo dar certo. Uma relação desequilibrada, sustentada por uma paixão que não era correspondida.
Após semanas de indiferença, voltei a abrir a caixa. Nada aconteceu. Aqueles objetos me despertaram lembranças, mas lembranças que não despertavam mais sentimento algum. Peguei a rosa e ela se desmanchou na minha mão. Choque. Uma reação inesperada logo para mim, que sempre acreditei que me conhecia muito bem. A rosa estava muito seca, prestes a se desfazer. Apesar disso, minha mente de repente se esvaziou e eu só consegui permanecer olhando para o que restou da rosa mais linda que eu já vi em minha mão. Após o choque, passaram por mim em um segundo todos os sentimentos que quatro meses de extrema felicidade e extremo desespero despertaram. Carinho, paixão, decepção, tristeza, raiva. Chorei como não chorava há muito tempo. E sem entender o motivo. Ainda não entendo.
Talvez eu não me conheça tão bem assim.
aline, algumas semanas atrás
Piscianidades
yuri