
J'ai trouvé des amis
Man trouvé des amis
J'leur ai donné un peu d'mon âme
Man un peu d'ma vie, oui !
Si tu savais tout c'que j'leur ai pris...
J'ai trouvé des amis
Man trouvé des amis
A aliança é de ouro, e de ouro é a espera.
O tempo é outro, os trinta são os novos dezoito.
Não case tão cedo.
Espere um pouquinho, para a gente casar junto
Eu, você, seu marido e o meu, sua esposa e a minha,
De brinde os nossos filhos, nosso PhD,
A gente divide até o bolo de casamento.
E daí a gente divide a juventude até lá,
Divide a estrada,
Divide o apoio,
divide um vinho de vez em quando.
Espera um pouco antes de fazer a cerimônia,
E faz uma lua de mel consigo,
Ou duas, ou três,
E volta pra me contar.
Não gosto de quem deixa pra comer chocolate especial em data especial. Compra ou ganha uma caixa de lindt e diz “vou guardar pruma ocasião”. Uma ocasião, uma oportunidade para matar a água na boca que surgiu ao ganhá-lo.
Aí guarda na geladeira, e o chocolate pega gosto de geladeira, e o tesão já foi quando, naquele jantar-ocasião, você abre o chocolate, finalmente, e come. Ou não come, porque ele foi comido antes do jantar-ocasião, pela visita que (como você) adora! aquele chocolate.
Vivendo o depois agora
Tem gente que deixa pra viver o agora depois. Salva o hoje para vivê-lo plenamente amanha. O amanha mais próximo é o hoje, e vivendo desse modo, as pessoas postergam suas vivências sem perceber.
Kairos
Existe um deus para o tempo oportuno. Os gregos o chamam de Kairos, e ele é representado por um homem com asas nos pés e nas costas, uma tesoura na mão direita, cabelos longos na frente do rosto, embora o resto de sua cabeça seja careca.
A alegoria da forma do Deus representa a fugacidade do momento oportuno. O deus passa pelos homens sempre a correr, e quem avista nele a sua oportunidade deve pegá-lo pela frente, por seus cabelos, porque quando ele passe, não há como alcançá-lo novamente.
Para ouvir e pensar: Le Temps, de Tryo
Para assistir e pensar: Paris, Je T´Aime - Place de Fêtes
Nina, fervorosa devota de Kairos.
Sem chau; Sem recado, nem aviso. Sem telefonema, nem SMS, sem e-mail. Sem devolver as chaves, sem buscar a escova de dente. Sem desculpas, nem justificativas. Sem acusações e motivos. Sem um tapa, sem soco, nem gritos. Sem mentiras, nem verdades. Sem diretas e indiretas. Sem abraços, ou beijos, ou apertos. Sem bom dia, nem palavrão. Sem olhares, ouvidos e bocas. Sem vinganças, mas sem piedade. Sem direitos e deveres. Sem sinais.
Apenas adeus.
Lucas.
La vie est belle:
L´argent de poche,
Les poupées rousses,
L´amour en fuite,
Et après,
Le libertin.
Nina, que dedica esse poema (composto de nomes de filmes) a quem o compreender e aos cinéfilos .