sábado, 30 de janeiro de 2010

Andrea Doria


Deve ser algo exclusivamente meu... Não, não posso ser tão pretensiosa.
Quiçá um sentimento do mundo, guardado em baús enferrujados e somente eu tive coragem de abrir... Tampouco, não seria capaz desta façanha.
Sensação de poucos, muitos ou somente minha, a realidade é que percebo o quão difícil é "dever favores". Chamo de Favores aquelas confidências trocadas por pessoas que veem no outro uma extensão de si mesmos. Funciona da seguinte maneira: eu te conto minhas mazelas, você me conta as suas. Eu guardo seus segredos e você, os meus.Trocamos favores.
Mas, e se algum dia você não se sentir confortável para contar seus pequenos mistérios, ou a outra pessoa passar a não te considerar confiável, o que fazer com os favores de outrora?
As possibilidades são infinitas: jogar pela rua, num cesto de lixo, num navio afundado, num pequeno caderno aberto em cima da mesinha de cabeceira.
Ou esquecer.
Uma pena que a última possibilidade fica apenas no mundo das ideias.

"Quero ter alguém com quem conversar. Alguém que depois não use o que eu disse contra mim."


[Tali, sobre sua tentativa de autossuficiência em favores. ]

Um comentário:

  1. Tudo o que eu podia dizer sobre o que foi dito está dito e eu disse.

    =)

    Te amo.

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